Terrário

Um terrário é a união perfeita entre praticidade e beleza ímpar. Falamos de um dos métodos de cultivo de plantas mais independente e cheios de potencial criativo.

É simplesmente ideal para quem está começando ou dispõe de pouco tempo e espaço. O microambiente, se bem preparado, autorregula-se, mantendo sua saúde.

Assim, se deseja ornamentar seu ambiente com uma solução prática, o terrário foi pensado para você.

Hoje, exporemos as técnicas envolvidas na preparação e montagem do terrário. Reaproveite um aquário ou recipiente antigo e deixe fluir sua imaginação.

O que é um terrário e como fazê-lo

Terrário

 Um terrário nada mais é que um mini ou micro jardim independente. Pode ser montado utilizando um aquário seco ou qualquer outro recipiente vago.

Em geral, utiliza-se recipientes totalmente transparentes. Com isso, aumenta-se a beleza, pois as camadas de solo permanecem expostas. Isso os diferencia de um vaso para suculenta.

Com a ajuda de elementos decorativos, é possível transformar o terrário numa mini floresta. Basta utilizar as técnicas certas e caprichar na escolha das plantas.

De modo geral, suculentas são as escolhas ideais. Afinal, sua resistência e adaptabilidade a conferem forte potencial, no terrário.

Contudo há quem valha-se, ainda, de outras opções. Violetas, samambaias, confetes e marantas podem ajudar a compor este cenário pitoresco.

No terrário, quem manda é o espírito artístico. Então da pra aproveitar um vidro de alimentos vazio ou até mesmo um aquário que não está sendo usado.

Passemos, então, aos elementos que precisaremos para a confecção do terrário. E não se preocupe: você, com toda certeza, possui algo que em casa que servirá bem.

Vamos lá!

Onde posso construir meu terrário

Terrario

Em geral, terrários são confeccionados em antigos aquários. São manobras geniais para quem não quer ou não pode mais criar peixes neles.

Assim, o aquário não fica inútil, nem é preciso livrar-se dele. É possível dar nova vida à estrutura, alterando drasticamente sua finalidade.

Todavia o terrário pode ser montado nos mais diversos recipientes. Frascos de conserva, lâmpadas, vasos antigos. Há quem os faça até dentro de taças e bombonieres.

A criatividade, desse modo, é quem define o frasco. E, obviamente, quanto mais incomum a ideia, mais exótico ficará o terrário. Por isso, deixe fluir a imaginação.

Como montar meu terrário de suculentas

Agora, chegamos à parte mais importante. Você já sabe o que é o terrário; viu algumas ideias. Provavelmente, já desenvolveu as próprias.

Este é, sem dúvida, o momento para aprender a montar o terrário de forma adequada. E a tarefa é simples, embora deva ser feita com zelo e atenção.

Preparando o recipiente

A primeira tarefa que realizaremos será a lavagem do recipiente. Como ele será o futuro terrário, deve estar absolutamente limpo.

O segredo, nesta etapa, é não se poupar. Com água e detergente, esfregue todos os cantos e toda a estrutura interna e externa do recipiente.

Particularmente, sugiro detergentes de coco. Sua composição é perfeita para a limpeza. Todavia não ficará nenhum cheiro forte no frasco. Mas a escolha fica a seu cargo.

Apenas evite produtos abrasivos, como sabão em pó e soluções desengordurantes. A mínima permanência de resíduos pode afetar gravemente a saúde de seu terrário.

Após a esfregação cuidadosa e repetida, enxague. Procure que nenhum resíduo permaneça no vidro, especialmente nas quinas.

E, se utilizar um aquário retangular, verifique o estado do silicone de vedação. Se colônias de bactérias se instalaram em fissuras, retire-o. Reaplique e aguarde a secagem completa.

Montando a fundamentação do terrário

 Para ser autossuficiente e cumprir seu ideal, o terrário precisa ser sustentável. Assim, a água de regas deve manter-se em fluxo de drenagem e retorno ao solo.

Para tal, a fundamentação é imprescindível. Nela, criaremos uma camada de contenção da água. Essa camada pode ser preparada com os mais diversos materiais.

Dentre eles, argila expandida e pedras são os ideais. Lembre-se que esta camada também será visível, desde fora. Quanto mais belo o material utilizado, melhor a aparência do terrário.

Pode-se, também, misturar pedras de rio, cascalho e pedras de jardinagem. Quanto mais cinza o aspecto das pedras, melhor para o contraste com a terra.

Porém jamais utilize pedras pintadas ou lascas de mármore. Em contato com a água, podem liberar substâncias químicas indesejáveis, que comprometerão a saúde do terrário.

Tendo os materiais, posicione uma camada no fundo do aquário. Busque a altura mínima de 3cm a partir do fundo.

Obviamente, em frascos muito pequenos, a proporção deve ser menor. Apenas nunca deixe seu terrário sem uma camada de pedrinhas de fundo, combinado?

Sobre as pedras, temos duas opções: uma camada de musgo ou manta de drenagem. O bidim é de fácil aquisição e custa pouco. O musgo pode ser encontrado em casas de jardinagem.

Essa camada de bidim ou musgo buscará evitar que a terra penetre o intervalo entre as perdas. Esse intervalo é essencial para a drenagem correta do terrário.

Para máxima drenagem e um toque especial

Se desejar, você pode acrescentar uma camada de carvão entre o bidim e as pedras. Em lascas médias, deite-o sobre a camada pedregosa e, sobre ele, posicione a manta.

Com pedras claras, o carvão gera um belíssimo contraste. Ainda, por sua própria natureza, o carvão vegetal desempenha um papel ímpar na drenagem do solo.

Posicionando o substrato

O substrato se encarregará da nutrição das plantas e da drenagem da água excedente. Por isso, é importante utilizar substrato para suculenta que indicamos.

Ele garantirá que as plantas tenham acesso a tudo que necessitam. Ainda, ficará encarregado de manter o solo seco, quando necessário.

Isso é de extrema importância pois as suculentas guardam sua água. Quando, sem precisarem, ficam com as raízes úmidas, elas apodrecem.

Desse modo, deposite, cuidadosamente, o substrato sobre o bidim ou musgo. Quanto mais cuidado tiver, menor possibilidade de criação de bolsões de ar.

Assim, não será preciso pressionar o substrato. Isso não seria recomendado. Afinal, com a pressão, poderíamos criar blocos de terra indesejáveis.

A quantidade fica a seu encargo. Apenas considere um espaço suficiente para o crescimento das raízes. Não faz-se necessária muita folga. Portanto, bom senso é primordial.

Feito isso, decida a posição de suas plantas e, com um palito de churrasco, abra os espaços. Neles, assentaremos nossas suculentas e demais plantas escolhidas.

Inserindo as plantas no terrário

Grape cluster with blue dark berries hanging and ripening on a bush with leaves.

Preferencialmente, utilize plantas já desenvolvidas. Desse modo, você garante que os espaços entre elas estão adequados, sem aglomerações incômodos e insalubres.

Mantenha suas mudas de suculentas em seus vasos até crescerem. Quando estiverem prontas, aí, sim, você as pode inserir no terrário. Até lá, paciência é bastante prudente.

A retirada das suculentas dos vasos individuais deve ser cuidadosa. Toda a atenção deve se concentrar em não machucarmos suas raízes. Amputações também devem ser evitadas.

Quando removê-la, use um pincel macio para retirar os excessos de terra. Deixe-as secar as raízes por algumas horas e, então, passe-as para o terrário.

Procure não pressionar demais a terra em seu entorno. Contudo também evite deixa-las muito soltas. Uma leve pressão será suficiente para o assentamento.

Você repetirá o processo com todas elas. Pode planejar as posições ou deixar acontecer. Você é quem sabe. Às vezes, o resultado espontâneo pode nos surpreender.

Encerrando os trabalhos

Grape cluster with blue dark berries hanging and ripening on a bush with leaves.

Seu terrário está quase pronto. O ambiente já está propício para o desenvolvimento de suas plantas. Agora, é hora de cuidar da decoração. E esta etapa não é menos importante.

Pedras, conchas, galhos, esculturas… Há uma infinidade de elementos que podem ser inseridos, no terrário, dando alma e vida à composição.

Algumas pessoas servem-se de esculturas religiosas centralizadas no terrário. O resultado, além de belíssimo, ganha toda uma simbologia e espiritualidade riquíssima.

E, aqui, há poucos segredos. O bom gosto é quem manda.

Apenas garanta que qualquer item inserido esteja lavado e livre de fungos. Especialmente os de ordem natural.

Os adornos artificiais podem ser utilizados. Brinquedos, miniaturas e outros itens compõem bem, a depender do que se busca.

Contudo garanta que possuam tinta atóxica. Caso contrário, sua permanência pode ser nociva para o terrário.

A manutenção do terrário

O terrário deve ser o mais independente possível. Mas isso não quer dizer que ficaremos isentos de alguns trabalhos.

Porém não se aflija: são simples e esporádicos. Basta certificar-se da autorregulação do terrário. Suas interações serão mínimas.

Em menos linhas, temos três tarefas. São elas:

  • Zelo pela saúde: impedindo entrada de pragas, bactérias, fungos e toda sorte de decompositores;
  • Garantia de ventilação e iluminação: especialmente em recipientes fechados, o terrário deve ser ventilado e, eventualmente, receber iluminação.
  • Rega: com baixíssima frequência, porém necessária. O solo deve ser observado e, sempre que necessário, a rega deve ser feita.

Sobre estes itens, é tudo simples: basta manter a atenção sobre o terrário nas primeiras semanas.

As plantas, se saudáveis, estarão viçosas. Sua coloração será natural, e a aparência indicará isso.

Todavia se há rastros de condensação no vidro, o ambiente está úmido demais. Da mesma forma, se as plantas estão amolecendo ou murchando, algo está errado.

Nestes casos, é importante identificar o que está errado. Se está acontecendo com uma única planta, retire-a e trate-a separadamente.

No entanto, se o quadro é generalizado, muita atenção: retire todas as plantas do terrário e analise o caso. Se não conseguir corrigir a situação, repense toda a estrutura.

No fim, tenho certeza que conseguirá resolver qualquer problema. Você terá um terrário belíssimo e saudável para iluminar seus ambientes.

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