Cochonilha em Suculenta

Muitos consideram a cochonilha como inimiga número um das plantas. E não sem motivo. Essa praga é capaz de, sozinha, destruir uma suculenta em pouquíssimo tempo, se não combatida.

Esses insetos são persistentes e bastante evoluídos. Possuem, em seu modus, uma série de contramedidas que os fazem um verdadeiro pesadelo para cultivadores.

Uma vez em contato com a suculenta, o tratamento deve ser imediato. Caso contrário, os danos podem ser irreversíveis.

Em outras plantas, a poda possui grande poder, como fator de controle. Todavia, nos tipos de suculenta e cactos, a história muda bastante.

Hoje, dedicaremos um bom tempo à cochonilha. Apresentaremos estratégias de prevenção e extermínio do artrópode destruidor de suculentas.

Ainda que não esteja a padecer com a cochonilha, acompanhe-nos até o fim. Hora ou outra, uma infestação pode ocorrer em seu jardim de cacto. É bom estarmos todos preparados.

Mãos à obra!

A natureza e ação da cochonilha

Cochonilha

Membro dos artrópodes, a cochonilha é um inseto sugador de seiva. Em geral, permanece com cerca de 3mm, na fase adulta.

Obviamente, esse fator torna bastante complicada a visualização da cochonilha. Para identificar uma infestação, focaremos mais nos vestígios e pegadas de sua presença.

Ainda sobre sua biologia, as cochonilhas são primas das cigarras, percevejos e do pulgão. Todos pertencem à superfamília dos hemíptera.

Quanto à cor, a diversidade é grandessíssima. Sendo parasitas, as adaptações evolutivas são constantes. Elas baseiam-se na longevidade e reprodução dos insetos.

Por isso, a depender da região, a cochonilha pode apresentar coloração diversa. Há entes amarronzados, cinzentos e amarelos. Tudo depende de seu sucesso reprodutivo.

A cochonilha é proveniente do México. Lá, o clima quente e seco favorece seu serviço maléfico.

Justamente por isso, suculentas e cactos são presas fáceis. Ela se alimenta de sua seiva, perfurando os tecidos e roubando água e nutrientes de lá.

Mas não se aflija. Exporemos, a partir daqui, métodos de identificação, prevenção e combate da cochonilha. Com zelo e técnica, ela não terá sucesso com suas plantas.

Identificando uma infestação de cochonilha

Quanto antes identificarmos a infestação de cochonilha, melhor. Por isso, é determinante estarmos sempre atentos às nossas suculentas e cactos.

Mais do que visualizarmos o inseto, devemos estar atentos a seus sinais.

Entre os principais sinais, temos:

  • Presença de pontos brancos, semelhantes a pequenas bolas de algodão: tratam-se de ovos de cochonilha depositados na planta;
  • Aspecto encerado dos tecidos da suculenta: contramedida constante da cochonilha, visando impedir a ação de seus predadores naturais;
  • Aparição de manchas carmim: quando naturalmente combatida, a cochonilha excreta uma substância nesta cor;
  • Perda de viço e aparição de pontos fúngicos: a cera preventiva da cochonilha é promotora do aparecimento de fungos e outras colônias de bactérias, nos tecidos da planta.

 No entanto jamais espere o adoecimento e surgimento de fungos para agir. Identificando os primeiros sinais, comece o combate. Nosso objetivo é, definitivamente, exterminar a ameaça.

E precisamos garantir que o façamos antes de a suculenta estar comprometida. Reações tardias podem, já, não ser efetivas. Portanto, atenção!

Especialmente em suculentas, cuidado com os pontos ocultos

Algumas suculentas possuem muitos pontos cegos, em seus tecidos. A cochonilha pode começar seu trabalho nestes locais.

Sendo de difícil identificação, é bom examinar periodicamente a suculenta. Uma lupa pode tornar o trabalho mais simples.

O cuidado deve ser redobrado em suculentas do tipo sedum e florais. Afinal, os segmentos desenvolvem-se a partir de um caule comum. Lá, a cochonilha pode agir furtivamente.

Quando o assunto é cochonilha, prevenir é melhor que remediar

Prevenir a cochonilha é muito menos tormentoso que combate-la. Desse modo, evitamos previamente qualquer dano a nossas queridas plantas.

Importa muito saber que, simultaneamente, tendo o controle de tudo, fazemos duas coisas. A primeira é a manutenção da saúde de nosso ambiente. A segunda, a prevenção da cochonilha.

Afinal, garantir ambientes salutares é ainda mais interessante do que só prevenir pragas. Neles, teremos o melhor de muitos mundos. O exemplo perfeito é a suculenta com flor.

Suculentas e cactos não floram se não estão plenos. E o que há de mais belos que vê-los ornados dessas maravilhas naturais?

Assim, reforço e acrescento: prevenir é infinitamente melhor que remediar. E ensino como.

O principal fator é a manutenção do solo ou substrato para suculenta. Seja em jardins ou vasos, a fonte de nutrientes e hidratação deve ocupar boa parte de nossa atenção.

Terra muito adubada ou pobre demais; terra excessivamente seca ou inundada, tudo favorece o surgimento da cochonilha.

Ainda, ninguém melhor que natureza para regular-se por sua própria conta. Um ambiente equilibrado trata de seus próprios excessos.

Embora seja uma ameaça terrível, a cochonilha possui predadores naturais. Joaninhas, vespas, percevejos e larvas de moscas são exércitos poderosos contra elas.

No entanto certas medidas são terríveis contra todos eles. Dedetizações agressivas e pesticidas acabam com estes animais. Porém, contra a cochonilha, possuem pouco ou nenhum efeito.

Desse modo, prefira uma atitude diferente em relação a suas plantas. Permita que a natureza se regule por si. Fazendo-o, talvez nem seja necessário temer o parasita. Tudo bem?

Cochonilha em Suculenta

Quando não há outro jeito: combatendo a cochonilha

 Mesmo que você se previna, o acaso é senhor do mundo. Eventualmente, você terá contato com a cochonilha, e precisará agir.

Nestes casos, o ideal é declarar guerra, e a sério! Afinal, um único adulto vivo pode, sozinho, infestar novamente seu cultivo.

Ao localizar uma cochonilha, trabalharemos em sua asfixia. Os métodos que utilizaremos são excelentes contra a praga. Todavia não agridem outros insetos nem a planta, em si.

Aqui, óleo mineral, óleo de neem, sabão em barra, fumo e própolis serão de grande ajuda. Eles envolverão a cochonilha, impedindo sua movimentação e respiração.

Ainda, possuem efeito bactericida e antifúngico. Simultaneamente, combaterão o inseto e as consequências colaterais de sua ação.

Comecemos com os óleos.

Óleo mineral e óleo de neem diluídos no combate da cochonilha

O óleo mineral é um subproduto do petróleo. Pode ser facilmente encontrado em drogarias, por seu efeito laxante.

Já o óleo de neem é de origem vegetal. Muitos cultivadores o reconhecem como um exemplar pesticida orgânico e sem contrapartidas. Isso o torna uma alternativa magnífica.

Para comprar o óleo de neem, basta visitar casas de jardinagem. Os valores de ambos fica entre os R$ 13,00 e R$ 25,00.

Para os dois tipos de óleo, diluiremos uma tampinha (10mg) em um litro d’água. A receita possui custo-benefício excelente por ser econômica e super efetiva.

Feito o procedimento, basta passar parte da mistura para um borrifador. Você aplicará a solução diretamente sobre os tecidos da suculenta, priorizando as áreas já afetadas.

A água servirá de transporte para o óleo, que se fixará na colchonilha, asfixiando-a. Ovos e colônias de fungos também sofrerão o mesmo.

Contudo lembre-se: a aplicação deve ser feita fora do sol, preferencialmente à noite. Caso contrário, o calor pode saturar o óleo, causando danos à suculenta.

A recorrência das aplicações deve ser semanal. Em média, um mês é suficiente para o controle total da infestação.

Neste tempo, se possível, proteja a planta de sol pleno. Mova-a para um lugar arejado e naturalmente iluminado indiretamente.

Própolis

O própolis possui um efeito similar ao da receita com uso de óleo. A substância encobre a cochonilha, causando asfixia.

Todavia não temos o mesmo efeito fungicida com o uso do própolis. Por outro lado, o risco de queimadura, quando em contato com o sol, é consideravelmente menor.

A proporção é a seguinte: duas colheres (de chá) de própolis para um litro d’água, nas primeiras aplicações. Ao passo do tratamento, pode-se utilizar menos própolis.

Sabão em barra contra a cochonilha

De todas, esta é a receita mais fácil e barata. Afinal, o componente principal é o sabão em barra, de fácil acesso para qualquer pessoa.

Aqui, faremos a diluição de uma barra de sabão em cerca de dois litros d’água. Prefira sabão de coco ou neutro. Eles não agredirão a planta, mas serão ótimos contra a cochonilha.

Para facilitar a mistura, rale a barra de sabão. Ao colocá-la na água, trabalhe para que produzam uma pasta consistente, porém ainda líquida.

Pulverize a solução sobre a suculenta longe do sol pleno. O ideal é aplicar abundantemente a mistura em todas as regiões afetadas.

Fumo contra colônias de fungos e bactérias

Quando a cochonilha já fez estragos, fungos e bactérias começam a atacar a suculenta. Se suas colônias já estão avançadas, o fumo poderá ser interessante.

Utilizaremos um pedaço de fumo macerado misturado um litro d’água. Deixe a mistura descansar, para curtir adequadamente.

Mais tarde, acrescente uma parte deste caldo a uma das receitas anteriores. Enquanto a outra substância combate a cochonilha, o fumo trata as colônias bacterianas.

Uma dica para casos extremos

Em situações extremas, as receitas acima podem ter efeito tardio. Assim, precisaremos ser mais agressivos, ainda que coloquemos a suculenta em perigo.

Porém tenha em consideração: esta dica é recomendada apenas em casos verdadeiramente gravíssimos. Evite-o, se possível, preferindo as outras indicações que demos.

Com ajuda de um cotonete embebido em álcool, esfregue os locais onde encontrar a cochonilha e seus esporos. Contudo cuidado com os tecidos saudáveis da planta.

Após ação minuciosa, deixe a suculenta descansar longe do sol. Um ou dois dias após a manobra, inicie um tratamento menos agressivo.

Com essas receitas e dicas, você superará facilmente o problema da cochonilha. A partir daí, bastará assumir uma postura preventiva, e seu jardim estará a salvo.

Esperamos que tenha gostado. E, mais do que isso, que você tenha sucesso absoluto, quando em contato com a cochonilha.

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Portanto, até mais! Foi um prazer imenso ajudar você!